Pela última vez refazíamos as malas para saída do hotel, embarcávamos tudo no bagageiro adaptado no Fusca prendendo com elásticos e fazíamos a rápida revisão no carro (verificar o nível do óleo, pneus e etc).
Seguimos caminho pela BR-116 em direção à São Paulo, com bastante neblina. Logo o tempo abriu e foi possível apreciar a rodovia, que no seu início saindo de Curitiba tem um visual muito bonito, ladeada por montanhas e vegetação de serra.
Tivemos sorte hoje pois nosso sistema de som havia parado de funcionar ontem e ficamos sem música o dia inteiro. Tentamos ligá-lo no início da viagem e não é que ele voltou a funcionar... Maravilha! Música para festejar o último dia de viagem.
BR-116 com neblina na saída de Curitiba. |
A BR-116 Régis Bittencourt é famosa pelo grande trânsito de caminhões, mas até determinado momento estávamos estranhando o fluxo tranquilo, mesmo sendo essencialmente de caminhões. A parte complicada foi na Serra do Café, o único trecho ainda não duplicado. Um caminhão tinha quebrado no final dela e a pista estava quase parada. Andávamos a 10km/h ao lado daqueles caminhões gigantes que de um lado da pista, na descida, tinham aquele cheiro de lona de freio queimada e do outro a fumaça dos motores se esforçando para subir a serra com toneladas na carreta.
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Trânsito parado na Serra do Café. |
Enfim, passamos pela serra e a pista voltou a ser duplicada.
Passamos também cidade de Eldorado onde está localizada a Caverna do Diabo.
Caminho para a Caverna do Diabo em Eldorado. |
Próximo a São Paulo, para variar, a chegada à cidade e o entroncamento com o Rodoanel estavam com trânsito lento. O sol estava a pino e o ar condicionado do Fusca já não era suficiente. Por sorte tínhamos parado para a abastecer um pouco antes e então passamos pela capital sem necessidade de nenhum parada.
Finalmente entramos na Rodovia dos Bandeirantes, nos sentimos em casa. Faltavam pouco mais de 230km. Estávamos em silêncio e cansados mas por dentro um sorriso de orelha a orelha.
Paramos para almoçar no Serrazul e brindamos com Coca-cola.
Comentamos como o Fusca foi valente e superou todos tipos de estrada, relevo e clima, nos levou e trouxe de volta sem nenhum problema.
Enfim, depois de 12.505 kilometros, mais de 1.000 litros de combustível e 25 dias de viagem chegamos a São Carlos !
Graças a Deus e a todos que nos apoiaram direta ou indiretamente nesta expedição:
Às esposas e filhos pela paciência e compreensão do espírito da viagem
Ao amigo Dirceu pela amizade e excelente parceria de expedição
Ao amigo Niarchos pela companhia de viagem
Aos amigos que nos apoiaram e nos deram dicas
Aos seguidores e leitores do blog pelo importante contato e motivação durante a viagem
Ao João pelo auxílio na preparação do Fusca e mapas
Aos parentes e amigos que emprestaram equipamentos e peças
Ao Auto Elétrico Aliança na preparação da parte elétrica do Fusca
Ao Maurício da Top Case e Graves e Agudos pelo auxílio com equipamentos e o bagageiro
Ao Fernando e Ana por emprestarem equipamentos elétricos sobressalentes e notebook
Ao Renato e Margareth pelo aquecedor interno
À Amanda pela preparação física
Ao Bruno (Snaz) pela elaboração do layout dos adesivos do Fusca
Ao Zeca por emprestar o equipamento de PX
Ao Alesandro (Moli) pela impressão dos adesivos
Ao pessoal do Posto Castelo pelo apoio
Ao fórum Nimrag pelas aulas e mapas para o GPS Garmin
Ao fórum Fusca Brasil pelo apoio dos integrantes e o acesso a informações gerais sobre Fusca
Ao inspirador dessa viagem (Sérgio Zurawel - http://360graus.terra.com.br/sergiozurawel/sergio_noticia01.htm)
Ao blog http://viajandodecarro.wordpress.com/ pelas excelentes informações para viajantes de carro.
Um grande abraço a todos.
FUSCA AUSTRAL
PS.: Já estamos pensando na próxima viagem. Percorrer a Carretera Austral no Chile ao lado dos Andes. Humm, quem sabe chamaremos de "Fusca Andino". :) :) :)